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Falta de acessibilidade afeta estudantes com deficiência na Universidade Federal do Amapá

Projeto da Unifap discute acessibilidade e inclusão para acadêmicos Estudantes com deficiência enfrentam problemas para frequentar as aulas na Universidade F...

Falta de acessibilidade afeta estudantes com deficiência na Universidade Federal do Amapá
Falta de acessibilidade afeta estudantes com deficiência na Universidade Federal do Amapá (Foto: Reprodução)

Projeto da Unifap discute acessibilidade e inclusão para acadêmicos Estudantes com deficiência enfrentam problemas para frequentar as aulas na Universidade Federal do Amapá (Unifap). A falta de rampas, pisos nivelados e estrutura adequada dificulta a locomoção e o acesso a salas e prédios da instituição. É o caso da estudante de relações internacionais, Adryana Sales. Ela conta que os problemas afetam a rotina de estudos e causam constrangimento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp “Já tive o desprazer de não assistir uma aula porque a sala tinha uma subida que era inacessível. Isso não me dá autonomia enquanto pessoa. Não tem elevador, plataforma ou qualquer coisa que me ajude. Tenho sempre que pedir a ajuda de colegas”, disse. O g1 procurou a assessoria da Unifap para comentar sobre a situação da acessibilidade na instituição, mas a universidade informou que não irá se posicionar sobre o assunto. A situação faz com que muitos alunos dependam da ajuda de colegas para se locomover e participar das atividades acadêmicas. Em alguns blocos, o desnível entre o corredor e o piso das salas impede que cadeirantes entrem sem apoio. Adryana conta que os problemas afetam sua autonomia enquanto estudante. Crystofher Andrade/g1 LEIA TAMBÉM: PF investiga grupo suspeito de trazer migrantes cubanos para o Amapá por rota fluvial Prefeito e vice de Calçoene têm mandatos cassados pela Justiça Eleitoral por abuso de poder Para o estudante Edson Saraiva, de 32 anos, andar pelo campus da Unifap é um desafio. Com deficiência visual, ele relata que a falta de acessibilidade compromete a sua independência no dia a dia. "Sempre preciso do auxílio de alguém que esteja passando por perto para passar por alguns locais. O piso tátil não chega em certos locais da Unifap e isso dificulta o acesso a um lugar que a gente deveria estar", conta. O piso tátil não chega a todos os locais dentro da Unifap. Crystofher Andrade/g1 Ioneida Cunha, professora da Unifap, conta que a falta de acessibilidade prejudica o aprendizado de alunos com deficiência. Os problemas na estrutura já impediram uma aluna de participar das aulas. “Quem tem cadeira de rodas, como uma aluna que tenho, não podem entrar em todas as salas. Tivemos que colocá-la em um lugar que a porta era mais larga e que não tivesse desnível. A gente adapta com o que pode e esperamos que, no futuro, seja um ambiente mais confortável”, conta. De acordo com dados do Censo 2022 do IBGE, o Amapá possui 50,3 mil pessoas com algum tipo de deficiência, sendo 13 mil delas com dificuldades de locomoção. O advogado Edson Alves, especialista em direito constitucional, destaca que a Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015) determina que o Estado e as instituições públicas assegurem condições de acessibilidade em todos os espaços educacionais. Temos diversos decretos regulamentadores, tanto federal quanto estadual. Isso visa garantir que qualquer instituição de ensino garanta acessibilidade aos alunos. É dever do estado garantir educação”, disse. Pisos desnivelados estão entre os principais problemas de mobilidade. Crystofher Andrade/g1 Alguns blocos de estudos possuem elevadores, mas não funcionam. Crystofher Andrade/g1 Alguns blocos de estudos possuem elevadores, mas não funcionam. Crystofher Andrade/g1 *Estagiário sob supervisão do editor Rafael Aleixo. Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: